
A estaquia é uma técnica utilizada para a produção de mudas
reprodução assexuada e tipos de enxertos de plantas
O vegetal tem a capacidade de se reproduzir assexuadamente, e a essa capacidade damos o nome de propagação vegetativa. Essa característica dos vegetais é utilizada pelo homem para a produção de diversas plantas. Na propagação vegetativa, usam-se partes da planta para se obter descendentes com as mesmas características da planta-mãe, ou seja, verdadeiros clones. Com a transferência da carga genética da planta-mãe para as plantas-filhas, é possível manter as mesmas qualidades, garantindo a boa produtividade.
Pensando em produtividade, os homens começaram a usar essa característica dos vegetais a seu favor e, com isso, surgiram algumas técnicas de propagação vegetativa artificial. As técnicas mais utilizadas de propagação vegetativa são estaquia, enxertia e alporquia.
A técnica da estaquia é muito empregada na agricultura e é utilizada principalmente para as dicotiledôneas. Essa técnica consiste em retirar uma parte do vegetal que contenha as gemas e introduzi-la no solo úmido.
A presença de flores e frutos, nas angiospermas, otimizou a fecundação das plantas e dispersão das sementes que, em outros grupos de plantas, ocorriam primordialmente por meio da ação dos ventos. Tais fatores, juntamente com um sistema eficaz de vasos condutores, permitiram que as angiospermas conquistassem diversos ambientes, representando cerca de 70% de todas as plantas de nosso planeta.
Apesar de essas novas estruturas terem propiciado um grande avanço no que se diz respeito à reprodução sexuada das angiospermas, a reprodução assexuada não deixou de ser importante para esses indivíduos. Além de, geralmente, dar origem a novos indivíduos de forma mais rápida, tal modalidade produz indivíduos de mesmo genótipo, conservando as características da espécie nas novas gerações.
A forma mais comum de reprodução assexuada em plantas é denominada propagação vegetativa. Nela, estruturas como caules e folhas de determinadas plantas formam raízes, dando origem a novos indivíduos. Grama, batata, morangueiro e violeta são alguns exemplos de plantas que podem dar origem a novos indivíduos por meio desse tipo de reprodução assexuada.
A partir desse princípio, podemos desenvolver algumas técnicas de propagação vegetativa que não ocorrem espontaneamente na natureza. São elas:
Estaquia: ramos caulinares contendo gemas laterais são cortados (assim como a gema apical) e são plantados, dando origem a novas plantas.
Mergulhia: partes de ramos são enterradas até que se criem raízes, sendo depois separadas da planta de origem e replantadas.
Alporquia: é feito um pequeno corte em um ramo da planta, que é protegido por terra úmida, envolvida em um recipiente, como saco ou pano. Quando as raízes se desenvolvem, o ramo é retirado e plantado.
Enxertia: uma muda (cavaleiro ou enxerto) é transplantada em outra (cavalo ou porta-enxerto), enraizada.
Cultura de tecidos in vitro: técnica desenvolvida pela engenharia genética, na qual fragmentos de plantas de interesse são esterilizados e cultivados em soluções nutritivas.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Apesar de essas novas estruturas terem propiciado um grande avanço no que se diz respeito à reprodução sexuada das angiospermas, a reprodução assexuada não deixou de ser importante para esses indivíduos. Além de, geralmente, dar origem a novos indivíduos de forma mais rápida, tal modalidade produz indivíduos de mesmo genótipo, conservando as características da espécie nas novas gerações.
A forma mais comum de reprodução assexuada em plantas é denominada propagação vegetativa. Nela, estruturas como caules e folhas de determinadas plantas formam raízes, dando origem a novos indivíduos. Grama, batata, morangueiro e violeta são alguns exemplos de plantas que podem dar origem a novos indivíduos por meio desse tipo de reprodução assexuada.
A partir desse princípio, podemos desenvolver algumas técnicas de propagação vegetativa que não ocorrem espontaneamente na natureza. São elas:
Estaquia: ramos caulinares contendo gemas laterais são cortados (assim como a gema apical) e são plantados, dando origem a novas plantas.
Mergulhia: partes de ramos são enterradas até que se criem raízes, sendo depois separadas da planta de origem e replantadas.
Alporquia: é feito um pequeno corte em um ramo da planta, que é protegido por terra úmida, envolvida em um recipiente, como saco ou pano. Quando as raízes se desenvolvem, o ramo é retirado e plantado.
Enxertia: uma muda (cavaleiro ou enxerto) é transplantada em outra (cavalo ou porta-enxerto), enraizada.
Cultura de tecidos in vitro: técnica desenvolvida pela engenharia genética, na qual fragmentos de plantas de interesse são esterilizados e cultivados em soluções nutritivas.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
tipos de enxertia

Tipos de Enxertia
Existem dois tipos de enxertia, são eles:
– Borbulhia: esse tipo de enxertia é efetuado através das gemas da planta (broto) e em plantas de folhas perenes como: citros, goiabeira, abacateiro e roseira. Para fazer a enxertia com borbulhias, podem ser usados dois procedimentos, o corte em (T) simples ou invertido.
– Garfagem: esse tipo de enxerte é feito utilizando galhos da árvore que se quer enxertar. O ideal é que o diâmetro das estacas não ultrapasse 2 cm, pois galhos muito grossos possuem menor chance de sucesso. A enxertia por garfagem é mais utilizada em plantas de folhas caducas, aquelas que perdem as folhas no inverno como a videira, o pessegueiro e a nectarina. Os tipos de enxertia por garfagem são: meia fenda e fenda cheia.
A época recomendada para enxertia por borbulha é primavera ou outono principalmente meados da primavera. E para enxertia por garfagem meses de julho e agosto.
Escolha do Cavalo ou Porta Enxerto
A escolha do porta enxerto varia de espécie para espécie e a finalidade do enxerte, por exemplo, se quiser formar uma planta resistente a determinada doença que afeta o sistema radicular mas também quer que ela tenha uma produção de qualidade, o cavalo deverá ser de uma espécie resistente àquela doença e o garfo ou borbulha deverá ser de uma outra planta de mesma espécie que tenha uma boa produção.
Fazendo o Enxerte
– Borbulha: uma borbulha deve ser retirada da planta mãe, que deve ter boa produção, formação homogênea da copa e folhagem bem verde. A borbulha deve ter de 2 a 3 cm de comprimento e aspectos físicos favoráveis.
No porta enxerto, com o auxílio de uma faca bem afiada, corta-se a casca em formato de (T) comum ou invertido. O corte na vertical deve ter 3 cm de comprimento e o horizontal 2 cm, sendo estes feitos o mais próximo do solo possível. A borbulha é encaixada dentro do corte, tomando cuidado para não colocá-la de ponta cabeça.
Depois de encaixar a borbulha, enrole uma fita de plástico transparente envolta dela, deve ficar bem vedado para impedir a entrada de água. Depois de 30 a 45 dias da operação, se a borbulha estiver verde, retira-se a fita plástica e corta-se o pedaço do cavalo acima da borbulha, a fim de estimular o crescimento da mesma. Caso a borbulha esteja morta, outro enxerte poderá ser feito utilizando o mesmo cavalo.
A fita deve ser tirada em um dia nublado ou chuvoso e o enxerte deve ser mantido em estufa ou local sombreado até se estabilizar.
– Garfagem: na garfagem o porta enxerto deve ter de 16 a 25 cm de comprimento e diâmetro variável, mas não muito grosso, o garfo possui de 15 a 20 cm de comprimento e o diâmetro não deve ultrapassar os 2 cm.
Os garfos, assim como o porta enxerto, devem ser retirados de plantas sadias, bem formadas e com boa produção. O enxerto pode ser feito de duas formas, fenda lateral ou fenda cheia. Na fenda lateral, o corte não deve ultrapassar os 3 cm de comprimento e deve ser feito em forma de bisel na extremidade do porta enxerto, o mesmo se emprega ao garfo.
As duas partes são unidas e amarradas por um pedaço de barbante, em seguida são vedadas com um pedaço de fita plástica transparente, para evitar a entrada de água.
Na fenda cheia, não existem muitas diferenças, o certe agora deve ser feito em forma de V no porta enxerto e de V invertido no garfo. O corte não deve ultrapassar 3 cm de comprimento.
As duas partes são unidas e amarradas com um pedaço de barbante, após isso são envoltas com fita plástica, para evitar entrada de água.
Os enxertos de garfagem, assim como os de borbulha, devem ser mantidos em local sombreado, estufas ou debaixo de árvores, até que tenham se estabilizado e emitido as primeiras brotações.
Cuidados
O porta enxerto também emite brotações, é preciso tomar cuidado para não deixar que elas se desenvolvam, pois assim, os brotos dos garfos ou borbulhas irão ficar raquíticos e acabar morrendo.
A fita plástica só deve ser retirada quando a incisão feita nos caules estiver totalmente cicatrizada, caso contrário, a ferida se tornará porta de entrada para doenças.
Na hora do transplante das mudas, nunca segure o enxerto sem apoiar o torrão com a outra mão, pois você pode acabar abalando o sistema radicular ou até arrancando a mesma do torrão.
Nunca deixe que mais de um broto se desenvolva. Conserve dois brotos do enxerte até que estejam bem desenvolvidos, a partir daí, elimine o broto que estiver mais fraco.
No enxerte de garfagem, a casca do cavalo deve ficar em contato com a casca do enxerte, para que haja a circulação de seiva elaborada em ambas as partes.
Veja também:
Fonte: INFORAGRO
fontes de informações;
INFORAGRO,
EDUCADOR-BRASIL ESCOLA
WWW.MUNDOEDUCAÇÃO.COM
INFORAGRO,
EDUCADOR-BRASIL ESCOLA
WWW.MUNDOEDUCAÇÃO.COM
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