quarta-feira, 28 de outubro de 2015

                                                                                    A estaquia é uma técnica utilizada para a produção de mudas
A estaquia é uma técnica utilizada para a produção de mudas




reprodução assexuada  e tipos de enxertos de plantas




O vegetal tem a capacidade de se reproduzir assexuadamente, e a essa capacidade damos o nome de propagação vegetativa. Essa característica dos vegetais é utilizada pelo homem para a produção de diversas plantas. Na propagação vegetativa, usam-se partes da planta para se obter descendentes com as mesmas características da planta-mãe, ou seja, verdadeiros clones. Com a transferência da carga genética da planta-mãe para as plantas-filhas, é possível manter as mesmas qualidades, garantindo a boa produtividade.
Pensando em produtividade, os homens começaram a usar essa característica dos vegetais a seu favor e, com isso, surgiram algumas técnicas de propagação vegetativa artificial. As técnicas mais utilizadas de propagação vegetativa são estaquia, enxertia alporquia.
A técnica da estaquia é muito empregada na agricultura e é utilizada principalmente para as dicotiledôneas. Essa técnica consiste em retirar uma parte do vegetal que contenha as gemas e introduzi-la no solo úmido. 
Reprodução assexuada nas angiospermas
A presença de flores e frutos, nas angiospermas, otimizou a fecundação das plantas e dispersão das sementes que, em outros grupos de plantas, ocorriam primordialmente por meio da ação dos ventos. Tais fatores, juntamente com um sistema eficaz de vasos condutores, permitiram que as angiospermas conquistassem diversos ambientes, representando cerca de 70% de todas as plantas de nosso planeta.

Apesar de essas novas estruturas terem propiciado um grande avanço no que se diz respeito à reprodução sexuada das angiospermas, a reprodução assexuada não deixou de ser importante para esses indivíduos. Além de, geralmente, dar origem a novos indivíduos de forma mais rápida, tal modalidade produz indivíduos de mesmo genótipo, conservando as características da espécie nas novas gerações. 

A forma mais comum de reprodução assexuada em plantas é denominada propagação vegetativa. Nela, estruturas como caules e folhas de determinadas plantas formam raízes, dando origem a novos indivíduos. Grama, batata, morangueiro e violeta são alguns exemplos de plantas que podem dar origem a novos indivíduos por meio desse tipo de reprodução assexuada.

A partir desse princípio, podemos desenvolver algumas técnicas de propagação vegetativa que não ocorrem espontaneamente na natureza. São elas:

Estaquia: ramos caulinares contendo gemas laterais são cortados (assim como a gema apical) e são plantados, dando origem a novas plantas.

Mergulhia: partes de ramos são enterradas até que se criem raízes, sendo depois separadas da planta de origem e replantadas.

Alporquia: é feito um pequeno corte em um ramo da planta, que é protegido por terra úmida, envolvida em um recipiente, como saco ou pano. Quando as raízes se desenvolvem, o ramo é retirado e plantado.

Enxertia: uma muda (cavaleiro ou enxerto) é transplantada em outra (cavalo ou porta-enxerto), enraizada. 

Cultura de tecidos in vitro: técnica desenvolvida pela engenharia genética, na qual fragmentos de plantas de interesse são esterilizados e cultivados em soluções nutritivas. 

Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia

                                        tipos de enxertia

A enxertia é um dos métodos de propagação de plantas mais utilizados na atualidade. Possibilita cruzar características de duas ou mais plantas que sejam da mesma família botânica para criar outra planta mais resistente, produtiva, de porte menor, com frutos de sabor diferenciado, mais precoce, transformar plantas estéreis em produtivas, restaurar plantas atacadas por pragas ou doenças, etc..
Tipos de Enxertia

Existem dois tipos de enxertia, são eles:
– Borbulhia: esse tipo de enxertia é efetuado através das gemas da planta (broto) e em plantas de folhas perenes como: citros, goiabeira, abacateiro e roseira. Para fazer a enxertia com borbulhias, podem ser usados dois procedimentos, o corte em (T) simples ou invertido.
– Garfagem: esse tipo de enxerte é feito utilizando galhos da árvore que se quer enxertar. O ideal é que o diâmetro das estacas não ultrapasse 2 cm, pois galhos muito grossos possuem menor chance de sucesso. A enxertia por garfagem é mais utilizada em plantas de folhas caducas, aquelas que perdem as folhas no inverno como a videira, o pessegueiro e a nectarina. Os tipos de enxertia por garfagem são: meia fenda e fenda cheia.
A época recomendada para enxertia por borbulha é primavera ou outono principalmente meados da primavera. E para enxertia por garfagem meses de julho e agosto.
Escolha do Cavalo ou Porta Enxerto
A escolha do porta enxerto varia de espécie para espécie e a finalidade do enxerte, por exemplo, se quiser formar uma planta resistente a determinada doença que afeta o sistema radicular mas também quer que ela tenha uma produção de qualidade, o cavalo deverá ser de uma espécie resistente àquela doença e o garfo ou borbulha deverá ser de uma outra planta de mesma espécie que tenha uma boa produção.
Fazendo o Enxerte
– Borbulha: uma borbulha deve ser retirada da planta mãe, que deve ter boa produção, formação homogênea da copa e folhagem bem verde. A borbulha deve ter de 2 a 3 cm de comprimento e aspectos físicos favoráveis.
No porta enxerto, com o auxílio de uma faca bem afiada, corta-se a casca em formato de (T) comum ou invertido. O corte na vertical deve ter 3 cm de comprimento e o horizontal 2 cm, sendo estes feitos o mais próximo do solo possível. A borbulha é encaixada dentro do corte, tomando cuidado para não colocá-la de ponta cabeça.
Depois de encaixar a borbulha, enrole uma fita de plástico transparente envolta dela, deve ficar bem vedado para impedir a entrada de água. Depois de 30 a 45 dias da operação, se a borbulha estiver verde, retira-se a fita plástica e corta-se o pedaço do cavalo acima da borbulha, a fim de estimular o crescimento da mesma. Caso a borbulha esteja morta, outro enxerte poderá ser feito utilizando o mesmo cavalo.
A fita deve ser tirada em um dia nublado ou chuvoso e o enxerte deve ser mantido em estufa ou local sombreado até se estabilizar.
– Garfagem: na garfagem o porta enxerto deve ter de 16 a 25 cm de comprimento e diâmetro variável, mas não muito grosso, o garfo possui de 15 a 20 cm de comprimento e o diâmetro não deve ultrapassar os 2 cm.
Os garfos, assim como o porta enxerto, devem ser retirados de plantas sadias, bem formadas e com boa produção. O enxerto pode ser feito de duas formas, fenda lateral ou fenda cheia. Na fenda lateral, o corte não deve ultrapassar os 3 cm de comprimento e deve ser feito em forma de  bisel na extremidade do porta enxerto, o mesmo se emprega ao garfo.
As duas partes são unidas e amarradas por um pedaço de barbante, em seguida são vedadas com um pedaço de fita plástica transparente, para evitar a entrada de água.
Na fenda cheia, não existem muitas diferenças, o certe agora deve ser feito em forma de V no porta enxerto e de V invertido no garfo. O corte não deve ultrapassar 3 cm de comprimento.
As duas partes são unidas e amarradas com um pedaço de barbante, após isso são envoltas com fita plástica, para evitar entrada de água.
Os enxertos de garfagem, assim como os de borbulha, devem ser mantidos em local sombreado, estufas ou debaixo de árvores, até que tenham se estabilizado e emitido as primeiras brotações.
Cuidados
O porta enxerto também emite brotações, é preciso tomar cuidado para não deixar que elas se desenvolvam, pois assim, os brotos dos garfos ou borbulhas irão ficar raquíticos e acabar morrendo.
A fita plástica só deve ser retirada quando a incisão feita nos caules estiver totalmente cicatrizada, caso contrário, a ferida se tornará porta de entrada para doenças.
Na hora do transplante das mudas, nunca segure o enxerto sem apoiar o torrão com a outra mão, pois você pode acabar abalando o sistema radicular ou até arrancando a mesma do torrão.
Nunca deixe que mais de um broto se desenvolva. Conserve dois brotos do enxerte até que estejam bem desenvolvidos, a partir daí, elimine o broto que estiver mais fraco.
No enxerte de garfagem, a casca do cavalo deve ficar em contato com a casca do enxerte, para que haja a circulação de seiva elaborada em ambas as partes.
Veja também:
Fonte: INFORAGRO




fontes de informações;
INFORAGRO,
EDUCADOR-BRASIL ESCOLA
WWW.MUNDOEDUCAÇÃO.COM




























































quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Variedades de frutos das angiospermas

Imagem mostrando a divisão do pericarpo Frutos

fruto que vemos em alguns vegetais se origina do desenvolvimento do ovário da flor e é ele o
principal responsável pelo sucesso de muitas plantas. Um fruto é composto por duas partes 

Pseudofrutos

Imagem mostrando a divisão do pericarpofruto que chamamos de verdadeiro origina-se do ovário da flor, mas nem todas as espécies de vegetais desenvolvem seus frutos a partir dessa estrutura. Em algumas plantas, além do ovário,outras partes da flor podem se tornar frutos. A esses frutos que se originaram de outras estruturas das plantas que não o ovário da flor, damos o nome de pseudofruto, que significa fruto falso (pseudofalso).
Um pseudofruto muito apreciado é o caju. A parte suculenta que comemos do caju se originou do pedicelo da flor e a parte que se originou do ovário é a castanha-do-caju.Se levarmos em consideração a regra científica, o verdadeiro fruto do caju é a castanha.
O caju é um pseudofruto que se originou do pedicelo da flor
O caju é um pseudofruto que se originou do pedicelo da flor
Outros dois pseudofrutos, também muito conhecidos e apreciados, são a maçã e apera. Na realidade, a parte que se originou do ovário da flor é aquela onde encontramos as sementes, sendo a parte comestível originada do receptáculo floral.
A maçã e a pera são pseudofrutos que se desenvolveram a partir do receptáculo floral
A maçã e a pera são pseudofrutos que se desenvolveram a partir do receptáculo floral
morango também é considerado um pseudofruto, mas a sua flor é um pouco diferente das flores que a gente viu antes, pois elas apresentam vários ovários. Dessa forma, o morango é chamado de fruto agregado, pois ele se origina de uma única flor com vários ovários. Na flor do morango, cada ovário origina um pequenino fruto, que são aqueles pontinhos escuros que podemos ver na superfície do morango. A parte suculenta e comestível é originada do receptáculo da flor, assim como na maçã e na pera.
Os pontinhos pretos que vemos no morango são os frutos verdadeiros
Os pontinhos pretos que vemos no morango são os frutos verdadeiros
Abacaximarmeloframboesafigo e amora também são considerados pseudofrutos.




















frutos



Os frutos são estruturas que protegem as sementes nas Angiospermas. Derivam do ovário das flores. Depois da fecundação dos óvulos no interior do ovário há um crescimento deste, que se dá por ação dos hormônios vegetais. É nessa fase que se inicia o processo de composição do fruto: estrutura, cores, consistência e sabores.
Quando as sementes já estão prontas (maduras) pra germinar, o fruto se rompe liberando-as para o solo, ou então estão prontos para serem ingeridos por outros animais. Sendo assim, pode-se concluir que a principal função do fruto é justamente proteger a semente enquanto ela se desenvolve. Mas também é responsável pela sua disseminação e pode ainda armazenar um reserva nutritiva.
Todo fruto apresenta uma estrutura básica:
  • Epicarpo: é de fato a porção mais externa do fruto, oriunda da epiderme da folha carpelar. Normalmente é uma camada membranácea e muito fibrosa.
  • Mesocarpo: é a porção intermediária (entre o epicarpo e o endocarpo). Às vezes armazena alguma substância de reserva. Oriunda dos parênquimas da folha carpelar.
  • Endocarpo: é a porção (camada) mais interna, geralmente mais rígida, envolve a semente. Oriunda da epiderme interna do ovário.
Partes do fruto. Foto: nednapa / Shutterstock.com [adaptado]
Partes do fruto. Foto: nednapa / Shutterstock.com [adaptado]
Existem muitos frutos e, portanto, muitas maneiras de classificá-los. Abaixo segue alguns exemplos:


Quanto à composição

- Frutos simples: são frutos oriundos do desenvolvimento do pedúnculo ou do receptáculo de uma única flor. Ex.: Limão, pêra, maracujá, maçã, mamão.
Mamão, fruto simples. Foto: chevanon / Shutterstock.com
Mamão, fruto simples. Foto: chevanon / Shutterstock.com
- Frutos compostos: são frutos que se originam do desenvolvimento do receptáculo de uma única flor, porém com muitos ovários. Ex.: Morango.
Morango, fruto composto. Foto: Tim UR / Shutterstock.com
Morango, fruto composto. Foto: Tim UR / Shutterstock.com
- Frutos múltiplos ou infrutescências: neste caso estes frutos se originam a partir do desenvolvimento de ovários de muitas flores de uma mesma inflorescência, e crescem juntos, unidos. Ex.: figo, amora e abacaxi.
Abacaxi. Foto: Viktar Malyshchyts / Shutterstock.com
Abacaxi. Foto: Viktar Malyshchyts / Shutterstock.com

Quanto à abertura

  • Frutos deiscentes: são osfrutos que se abrem após a maturação para liberar as sementes. Quase sempre são secos. Ex.: Castanha.
  • Frutos indeiscentes: são os frutos que não se abrem. Podem ser secos, carnosos ou lenhosos. Ex.: Laranja.
Frutos carnosos podem ser:
  • Baga: frutos que apresentam um ou mais carpelos, com uma ou mais sementes. Ex.: Tomate,uva, laranja, abóbora.
  • Drupa: um só carpelo, uma só semente, concrescida com o endocarpo. Ex.: Ameixa, azeitona, pêssego.

Arquivado em: Reino Plantae (plantas)